Appy defende fundo de desenvolvimento regional para combater guerra fiscal

Secretário da reforma tributária afirmou que medida, presente nas duas PECs que tratam da reforma tributária, vai estimular o desenvolvimento de todas as regiões


12/05/2023 - 09:23

O secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, defendeu nesta quarta-feira (10) a existência de um fundo de desenvolvimento regional (FDR) para coibir a guerra fiscal entre os estados.

 

Em audiência da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Appy trouxe detalhamentos da medida que pode ser aprovada com a reforma tributária.

 

As duas propostas de emenda à Constituição (PECs) que tratam sobre a reforma tributária preveem a criação do fundo regional. O objetivo é substituir as atuais políticas de incentivo através da concessão de benefícios fiscais.

 

“Todos os estados, dos mais pobres aos mais ricos, estão concedendo benefícios fiscais hoje no âmbito do ICMS, o que faz com que o benefício fiscal tenha perdido muito a sua funcionalidade. Nas últimas semanas recebi três empresas diferentes que investiram em estados diferentes e reclamam que estão sendo prejudicadas pela guerra fiscal generalizada”, disse.

 

Na PEC 110, há um detalhamento a respeito da formação deste fundo, com a previsão de financiamento de até 5% da receita do Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) ou Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). A proposta define que esse montante poderá ser utilizado com fomento para atividades produtivas, investimentos em infraestrutura, para estimular inovação ou estimular a produção sustentável. Se aprovada a reforma tributária, o FDR será criado por lei complementar.

 

“Cada estado vai definir a sua política de desenvolvimento regional de forma muito mais eficiente do que faz hoje. Porque atualmente se faz política de concessão de benefício fiscal e que é destinada somente à indústria ou centro de distribuição. Com isso você pode investir na infraestrutura, que é uma boa forma de desenvolvimento a longo prazo, ou no setor de serviços, se for a vocação local”, completa.

 

A proposta prevê ainda distribuição desses recursos na ordem de 30% para os municípios, destinação de 10% para infraestrutura nos estados de origem; e demais valores para os estados. Até 2032, a aplicação prioritária do fundo deverá ser a manutenção da competitividade das empresas que atualmente recebem benefícios fiscais do ICMS.

 

Ambas as PECs preservam a Zona Franca de Manaus e o regime Simples Nacional. Na segunda (8), Appy disse que o relatório do grupo de trabalho da Câmara deverá ser finalizado ainda em maio e a votação da proposta em plenário pode ocorrer em junho.

 

A expectativa é que a discussão sobre a reforma seja encaminhada logo após o debate sobre do novo marco fiscal, previsto para a próxima semana. O secretário ainda destacou que não tem influência sobre o cronograma de tramitação da proposta.

 

 

Observatório Econômico
12/07/2023 - 09:24
Especialistas defendem novas formas de custeio de sindicatos

Assunto foi debatido em evento sobre os 80 anos da CLT, no Rio

07/02/2023 - 14:40
Técnicos do Sindifiscal/MS apontam que MS deve estreitar relações com a Índia

Análise das exportações de MS aponta que as vendas para Índia em 2022 aumentaram 325% em comparação ao ano passado




Veja mais

Fenômeno veranico deixa Mato Grosso do Sul ainda mais quente e seco

Previsão é caracterizada por um período de tempo firme, seco e com temperaturas acima da média para esta época do ano

Nova tabela do IR entra em vigor; veja o que muda

Quem ganha dois salários mínimos não pagará imposto

Mercado espera última alta da Selic em 2025: 14,75% ao ano

A expectativa do mercado é que esta seja a última alta da Selic este ano.




Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado de Mato Grosso do Sul - SINDIFISCAL/MS

---